Mulheres no esporte
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Mulher no esporte: Uma história de luta e superação

A história da mulher no esporte é comumente passível de discussão. Desde que o mundo é mundo sempre houve uma certa discrepância entre os gêneros feminino e masculino em todos os âmbitos, profissionais ou não. E no mundo esportivo não é diferente.

Nesse post vamos abordar um pouco mais sobre a história da mulher no esporte, suas dificuldades e suas conquistas ao longo da história.

A mulher no esporte: uma história de desigualdade

Ser mulher, desde os primórdios, sempre foi (e ainda é) sinônimo de superação. Desde a Grécia Antiga, quando se iniciou a modalidade esportiva olímpica, a participação das mulheres nos eventos esportivos nunca foi aceita.

As mulheres eram vetadas, além da participação efetiva nas competições, até de assistir aos eventos esportivos como espectadoras, fato esse que sempre gerou revolta por parte de algumas mulheres. A alegação era que as mulheres não podiam ter os corpos musculosos que se pareciam com os dos homens, além de que deveriam cuidar da casa e da família.

Em meio a uma sociedade machista, a participação massiva masculina consequentemente elevou a desigualdade entre gêneros e isso só começou a mudar com as primeiras participações da mulher no esporte, ainda que extra oficial, nos jogos olímpicos de 1900 em Paris. Porém, ainda assim, as mulheres só poderiam ter participações em esportes considerados individuais, que teoricamente garantissem a integridade física delas.

Modalidades como tênis e golfe foram liberados às mulheres, pois não tinham contato físico. E por ainda não serem consideradas oficialmente atletas, as mulheres não ganhavam premiações, muito menos medalhas. Elas ganhavam apenas um certificado de participação.

Embora pequena e muito limitada, essa primeira participação trouxe um alento, pois aos poucos as coisas estavam mudando em prol do gênero feminino. Mas essa mudança foi fruto de muita reivindicação pela igualdade entre gêneros.

Quem foi a pioneira brasileira nos jogos olímpicos?

O Brasil só teve participação feminina nos esportes olímpicos em 1932. Participando dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Maria Lenk ganhou destaque e notoriedade por ser a primeira atleta brasileira e sul-americana a participar dos jogos. Ela participou da modalidade de natação.

Predominantemente masculina, a delegação brasileira nessa época contava com 44 atletas homens e apenas 1 atleta mulher. Maria Lenk estava tão a frente que, nos jogos da que seria a próxima olimpíada, a de 1936, ela seria a primeira mulher também a competir no estilo borboleta.

Nessa olimpíada ela esteve acompanhada por mais três atletas mulheres: sua irmã Sieglind Lenk, Piedade Coutinho, Helena de Morais e Scylla Venâncio. Aos poucos a participação da mulher no esporte estava caminhando para o crescimento.

Quando se pensava em crescimento, veio o recuo

No ano de 1941, o então presidente Getúlio Vargas instituiu um decreto que proibia as mulheres brasileiras de praticar esportes que não fossem condizentes com sua natureza.

Durante a ditadura militar, no ano de 1965, a participação da mulher no esporte ganhou mais um capítulo negativo. Foi proibida a participação da mulher em todas as modalidades de lutas, bem como praticar futebol, futebol de salão, rugby, pólo aquático, dentre outras modalidades esportivas. Assim, a delegação brasileira voltou a ficar reduzida e as conquistas menores ainda.

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Algumas mulheres de destaque

Em meio a tanta imposição e proibições, com o passar do tempo, após muitas lutas e reivindicações, as mulheres começaram a ganhar notoriedade no esporte.

Em 1964, sem tênis, uniformes e muito apoio, Aída do Santos conquistou o 4º lugar no salto em alturas nas olimpíadas de Tóquio. Somente em 1996 as mulheres brasileiras conquistaram um ouro olímpico. Ele veio com Jaqueline e Sandra, no vôlei de praia.

Maurren Maggi, Rafaela Silva, Ketelyn Quadros, Natalia Falavigna, Sarah Menezes, Marta, Hortência, Magic Paula são alguns exemplos de mulheres que se destacam e destacaram no esporte brasileiro. E ainda há uma infinidade de atletas brasileiras que merecem destaque.

Equipes de vôlei e basquete femininos também ganharam bastante notoriedade em alguns eventos bem como a equipe de futebol feminino e de handball.

Uma história que não termina aqui

Mesmo após tantas conquistas e destaque, somente em 2012 as mulheres conseguiram ter ao menos uma representante em todas as modalidades esportivas.

Pautada por muita luta, a história da mulher no esporte não finda por aqui. Hoje pode-se dizer que a participação feminina está bastante equilibrada em relação aos homens.

E com muitos resultados muitas vezes até melhor que o gênero oposto. Isso só mostra o quanto o esporte é incrível e absolutamente para todos.

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